sábado, 2 de junho de 2012

Lembra da época da Barbie ? *-*

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Quando tava procurando informações sobre o Homem Azul, encontrei o blog do Philipe, um cara que eu não conheço mas que escreve de um jeito muuito engraçado. Fui perambulando pelo blog e li uma porção de "causos" que ele escreveu, sobre sua vida mesmo, engraçadíssimos. Bom, ele nem sabe que tô postando isso aqui - e isso realmente não importa. O fato é que ler lembranças de um desconhecido me fez pensar nas minhas. E aí pimba, me veio uma baita vontade de escrever sobre algumas aqui também. Talvez até pra que eu mesma possa ler mais tarde e rir um pouco de mim mesma.

Pelo visto o tal Philipe passou por muitas situações cômicas e também por saias-justas - justíssimas, diria. Eu não tenho lá grandes coisas pra escrever, já que nasci e cresci em uma cidade e nunca saí do lugar que estou
. Nunca pude sair para brincar na rua. Meus pais não mantinham muitas amizades, então quase não via outras crianças. Era eu e minha irmã, 5 anos mais nova que eu. 

Brincávamos de casinha, mas nossa predileção estava na boneca magra e olhuda que já fez 50 anos - é isso aí, a Barbie. Inventávamos as mais diversas situações e tínhamos criatividade para fazer de meros farrapos roupinhas fofas para as nossas dezenas de bonecas. Bom, como nossa situação financeira não era muito favorável, a maioria delas era falsa, daquelas em que a gente pode arrancar a cabeça da boneca e colocá-la de volta. Ou até mesmo trocar de cabeças entre as bonecas, o que às vezes não resultava em um brinquedo muito bonito de se ver. Tivemos algumas Barbies originais, e a maioria foi minha irmã quem ganhou, em aniversários .



Mas não importava se a Barbie era verdadeira ou falsa, o que importava era a imaginação. Quando inventávamos que elas iam à praia, fazíamos seus maiôs de massinha de modelar. Duro era conseguir tirar aquele grude das bonecas depois! Ah, mas nada como um dia no clube para resolver! Enchíamos o tanque de água e as bonecas quase derretiam ali de tanto que brincávamos. E a imaginação ia longe. Construíamos a família toda - pai, mãe, irmãs, sobrinhos... Enquanto tivessem bonecas, a família não parava de crescer. Eu tinha uma Barbie e minha irmã tinha outra, e as duas eram irmãs. Tínhamos também dois bonecos (o tal Ken, só que falso), um pra mim e um pra ela. Eram nossos namorados, mas noivávamos e casávamos também. Lembro quando fizemos o casamento das nossas bonecas. Todo paninho branco encontrado foi usado, e o vestido da noiva ficou um show!

Bom, como não sabíamos costurar e tínhamos medo de espetar o dedo, colávamos tudo com fita adesiva - durex, mesmo. Enquanto confeccionávamos, os joelhos iam se enchendo de durex. O chão também, os chinelos também, e a casa toda também. Tínhamos um cômodo da casa para brincarmos, e era onde se guardava sapatos, ferramentas do meu pai, malas de viagem, e muitas bugigangas mais. Um verdadeiro ninho. Nossos brinquedo ficavam numa caixa enorme - a da máquina de lavar. Então, pra brincar, tínhamos de virá-la pra encontrar, às vezes, um sapatinho. As prateleiras de aço que hoje são usadas para guardar sapatos, eram a casinha da nossa família. Cada parte era um cômodo, assim como era a verdadeira casinha da Barbie. Quando a boneca da minha irmã casou, ela passou a fazer a casinha dela em cima das mesinhas.

Cada boneca tinha uma voz diferente. Os homens também! E os diálogos fluíam numa boa, parecia novela. Nosso sonho era fazer todas as bonecas se moverem. Era chato fazer uma festa e ter que encostá-las! Somente quatro delas se moviam, que injustiça! Só que preferíamos assim a ter que dividir as coisas com outras crianças. Pelo menos nos entendíamos e a história sempre dava certo.

carro das nossas donzelas era uma lancheira aberta. Não como essas de hoje, que mais parecem mochilas, mas daquelas de plástico mesmo. Quando aberta, virava um conversível. E a bagagem ia toda numa espécie de carrinho acoplado logo atrás. Uma vez vimos um carrinho verdadeiro da Barbie. Nossa, fomos ao delírio! A dona do carrinho não o viu naquele dia, porque enquanto estivéssemos ali, ele seria só nosso! 

Lembro quando enjoamos daquele monopólio loiro e resolvemos pintar o cabelo de uma delas de castanho. E dá-lhe canetinha! Passei um tempão pintando mecha por mecha, mas voilá! Uma Barbie morena! O efeito ficou super natural, só que com algumas lavadas depois acabou ficando desbotado, mas nada que um dia no salão de beleza pra retocar a tintura não resolvesse!

Ficava difícil também fazer festinhas sem homens. As festas juninas eram um desfalque! Só dois bonecos machos! A solução era fazer os ursinhos de pelúcia serem os companheiros fofinhos das bonecas solteiras. Fizemos de uma boneca-bebê que minha irmã ganhou da madrinha (madrinha má!) um homenzinho também. Afinal, era absolutamente careca e vestia um macacão azul celeste com branco - um perfeito homem grande, gordo e careca! Mas ainda era pouco, a estatística populacional ali estava desfalcada. Era muita mulher pra pouco homem. Então fazíamos com que os tubos de Pringles virassem companheiros altos, magros e sem braços! Coitadinhas das bonecas que ficavam com eles, nunca eram abraçadas... :( Mas nossa imaginação foi mais longe. Usamos a cabeça de uma Barbie original (quando é original a cabeça nunca mais entra) pra fazermos um homenzinho. Grudamos a cabeça de um jeito lá que deve ter sido uma bela gambiarra, passamos uma faixa no peito e no abdômen, vestimos uma calça e uma camisa, e acabamos de cortar o cabelo que já estava todo recortado. Pronto. Nossa primeira mudança de sexo no mundo das Barbies. Mais tarde usamos esse ser para fazer o papel do Júnior, pra cantar ao lado da nossa Sandy - a boneca deveras parecia com ela, já que a Sandy tem aquele olhão e aquele sorrisinho de Barbie estampado na cara. E o Júnior ficou uma be-le-zi-nha, sabe? Os dois tiveram até direito a microfones auriculares feitos de massinha, iguzlainho aos do CD que tínhamos da dupla e que garantia o repertório do nosso showzinho em cima da mesa.

Quando saíamos do nosso cômodo-casa, era pra passear. Ora íamos à praia, lá na área de serviço, onde o sol batia. A faixa com sol era a areia e a sem sol era o mar. Simples, não? Quando o sol virava e acabava aquela faixa de areia imaginável, íamos embora da praia. Mas aí tínhamos a casa na praia! Nossas Barbies eram chiques, viu? A mesa da área de serviço virava a casa de praia delas. Pra fazermos uma discoteca, íamos até a sala, à noite. Desligávamos a luz e ligávamos a TV e o som (na época, era um rádio enorme com toca-fitas, toca-discos e toca-CDs). As músicas eram de uma fita cassete tipo "Dance remix" ou algo assim. E a luz do ambiente era proporcionado pela TV. Pra dar o efeito luz estroboscópica, íamos passando os canais com chiado. Como a sala era grande, as bonecas ficavam longe uma da outra, encostadas nos sofás. Mas pra dar uma realidade, fazíamos até as "panelinhas." E olhe que nunca tínhamos ido a festas, hein?

É, mas o tempo de ir a festas veio e as bonecas foram esquecidas dentro da caixa. Uma pena saber que aquela criatividade e imaginação se foram. Sim, certa vez tentamos arrumar nossas bonecas outra vez, mas não conseguimos.

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Um pokinho sobre mim *-*
Rsrsrs' tomara q voces tenham gostado viu...
Amoôôo voces :3...

4 comentários:

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  2. Eu também era fanática por Barbies... Tinha onze, e meu único Ken meu irmão quebrou a cabeça. Tenho todas até hoje, e semprbrinco com a minha prima de 4 anos!!
    happy-charllote.tk

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  3. Queria saber se vc aceita afiliação!!Beijos
    happy-charlote.tk

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  4. Intaum a Sua infansia Mana foi Igual a mInha kkkkkk somos gemeas mesmo

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