sábado, 2 de junho de 2012

A dura vida de uma menina tímida...

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         ----Ps: Historia inventada meninas !!! Não foi baseada em nada !!!                                   

Minha primeira memória a respeito de uma paixão platônica por um menino é da 1ª série. O nome dele era Roberto (Beto) e a única coisa que me lembro bem é de seu nome mesmo. De suas características físicas, só sei que tinha os cabelos pretos. Nessa época estudava numa escola municipal.


O que mais me lembro dessa escola é sua estrutura. Os pátios, os corredores escuros e sombrios e o refeitório enorme. Eu ia de uniforme, o clássico shortinho azul com camiseta branca. Meias até o tornozelo e tênis pretos - um chuchuzinho, não? E como eu gostava de me enfeitar, ia cheia de pulseirinhas, arquinhos e "xuxinhas" coloridas. Sem contar o batonzinho com formato de moranguinho e sabor idem. Para completar o visual, só mesmo uma maletinha amarela cheia de respingos coloridos por toda sua extensão. Eu a detestava.


O recreio era agitado e só me lembro de cantarolar as músicas da Xuxa e da Angélica enquanto carregava minha lancheira da Minnie. Tinha um moleque, o Anderson, que ficava me aporrinhando durante o intervalo. Me lembro muito bem de sair correndo atrás dele com a lancheira em mãos para dar-lhe umas lancheiradas da testa. Tinha também um tal de André, um pirralho feio pra burro e mais pentelho que o Anderson, que roubava meu precioso lanchinho. Devo ter fofocado pros meus pais, que tomaram iniciativas. Me recordo ainda do dia que eles foram até a escola pra conversar com a professora. Pouco tempo depois, estava eu em outra escola, agora estadual.


Passei de uma escola pra outra no meio do ano, então fui tida como uma intrusa na minha nova classe. Por motivos que eu não faço ideia, me colocaram na primeira carteira. Lembro-me claramente da professora. Uma velha magra com óculos grandes e um dente de ouro na boca. A pobre coitada berrava aos montes dentro da sala pra demonstrar autoridade e pra ser claramente ouvida. Pior de quem sentava na primeira carteira. Mas o problema maior é que ela acabava soltando umas gotas de baba enquanto berrava. Pior MESMO pra quem sentava na primeira carteira. Lembro-me de ter pensado em levar um guarda-chuva pra aula. De qualquer forma, ela era boazinha comigo e parecia gostar de mim. Me dava atenção quando eu não entendia e pelo visto se orgulhava do fato de eu já saber escrever e fazer continhas. Eu parecia ser um prodígio ali. Não me lembro de muitas coisas mais. Só sei que chorei horrores no primeiro dia de aula naquele lugar. Implorei pros meus pais não me deixarem ali. Mudanças repentinas assim assustam qualquer criança! Mas mesmo não querendo, fui jogada naquele lugar cheio de crianças desconhecidas.


Passei o resto da vida escolar dentro daquela escola. Na 3ª série eu já entendia mais coisas e fiz amiguinhos. Mas ainda assim não me recordo de muita coisa. A 4ª, sim, foi memorável. Foi quando me deparei com a insuportável dúvida de gostar deste ou daquele menino. Eu era um protótipo da Dona Flor e seus Dois Maridos. O Flavinho era uma graça de menino. Tinha a pele branquinha, bochechas mordíveis e era cheio de humor. Mas o César era inteligente, educado, requintado. Pronto, a encruzilhada estava formada. E foi nessa época, com meus 10 aninhos, que eu passei a ver menininhos como possíveis amigos - e não apenas rivais. Mas é claro que ninguém nunca ficou sabendo disso, né? Eu era muito, muito, muuuito tímida. Então eu só olhava de longe mesmo e ficava pensando com meus botões o que seria essa coisa estranha. Não sei se foi por isso, mas naquele ano eu penei pra aprender a tabuada. Ainda mais com aquela professora carrasca que só sabia berrar. Cara, talvez esteja aí meu trauma por Matemática!


Naquele ano a criançada teve uma aula de educação sexual ou pelo menos deveria ser isso. Foi uma aula-surpresa, e o interessante é que eu não tinha ido à aula nesse dia. No outro dia, lembro que uma menina me disse que eu tinha perdido a aula de como usar "modess". Ela ainda disse que as meninas ficaram na sala e os meninos saíram nessa hora. Ah cara, eu queria ter ido a essa aula! Aliás, eu precisava ter ido, já que naquele mesmo ano a menarca (Primeira menstruação) deu as caras. Como eu ainda não sabia sobre o assunto, minha mãe teve de fazer seu papel e me ensinar a usar aquela fralda. Pra mim foi realmente estranho fazer um baita sacrifício pra largar as fraldas e depois ter de voltar a usá-las. Pior é que só aos 14 anos é que fui perceber que eu estava crescendo menos do que as outras meninas. Ao procurar um médico, já era tarde: eu seria baixinha para sempre. Na hora não foi difícil assimilar a ideia, mas quando tive aulas de vôlei e basquete, senti a falta de uns centímetros a mais.


Passar para a 5ª série foi o ó do borogodó. A escola era dividida estruturalmente entre ensino primário e ensino fundamental. Eu finalmente estava indo para o "lado dos grandões", para o pátio que antes era apenas um mito pra mim. A 5ª série foi divertida. Conheci duas pessoas que passaram muito tempo comigo depois. Uma menina e um menino, veja só que bonitinho. E aí formamos um trio. Ela estudou comigo até a 8ª série e ele, até a 7ª. Se bem que eu não lembro dele na 6ª série. Estanho... Bom, lembro-me também de ter estudado com a Lilian, que me acompanhou também na 6ª série e na faculdade, anos depois. Tinha também a Alessandra com seus longos cabelos cacheados, tratados com creme para pentear Seda para cabelos cacheados. Como os meus eram também, eu fazia de tudo para deixá-los como os dela. Isso incluía molhar o cabelo e passar aquele creme, deixando aquele aspecto "acabei de lavar". Mas isso tudo eu só descobri no ano seguinte


Bom, nessa época eu estava com 11 anos. Estava me desenvolvendo. Foi quando ganhei meu primeiro sutiã. Era lilás com detalhes de renda. Mas o incrível foi o que um moleque sem-noção chamado Bruno disse sobre isso. Ele sentava na minha frente e às vezes parecia que gostava de mim. Mas ele era louco de pedra, então eu não dava muita atenção pra ele. Depois do que ele disse, então, passei a evitá-lo. Ele teve a audácia de me perguntar se eu estava colocando papel higiênico sob o sutiã . Na hora eu fiquei sem entender, era toda inocente, né? Imaginei que um rolo de papel higiênico seria muito grande pra caber ali, então que baboseira ele tava dizendo, oras? Só entendi muito tempo depois e fiquei com mais raiva ainda dele. Eu sinceramente acho que ele era tarado. Uma vez ele virou pra mim e, do nada, soltou:


- Moça, me vê duas passagens carimbadas de ida e volta pra Volta Redonda.


Parece muito inocente, não fosse o fato de ele fazer gestos com as mãos enquanto falava. Vou poupar voces dos gestos...Pois é, um tarado de 11 anos.


Na 6ª série eu acabei me sentando lá no fundo da classe. Mas sofri horrores com isso, porque eu não enxergava o que estava escrito no quadro. Tinha que me virar e copiar do caderno da menina que estava atrás de mim. Eu precisava de óculos, mas morria de medo de contar pros meus pais, principalmente porque foi naquele ano que eu comecei a usar aparelho - o famoso "freio-de-burro", sabe? E tinha uma menina na classe que usava esse aparelho e ainda óculos fundo-de-garrafa. Ela era muuito zoada por causa dessa cara engraçada dela, cheia de acessórios esquisitos. Eu é que não ia querer ficar como ela! Preferia continuar copiando a matéria do caderno alheio.


Nessa época eu descobri que gostava de Ciências e fiquei apaixonada por nutrição. Queria saber se esse ou aquele alimento fazia bem e coisa e tal. Foi também nesse ano que eu fui líder de classe. Eu tinha um caderninho onde anotava tudo o que acontecia na classe, principalmente quando a professora não estava e naquele pequeno intervalo de troca de professores. Anotei o nome de um mesmo menino milhares de vezes - era um peralta maluco que tinha cara de psicopata.



Com 12 anos o corpo das meninas já está bem desenvolvido. Ao contrário dos meninos. Eles começam a espichar só com 14 ou 15, ficam disformes e parecem girafas andando pelos corredores. Só que tinha um na sala que era especialmente chamado de Girafa, em virtude de seu pescoço alongado e de sua silhueta comprida e magricela. Ele veio do sítio e era o único a usar a camiseta dentro da calça - motivo de chacota dos meninos. Mas por ser todo inocente e bem educado, era o sonho das menininhas. Todas babavam por ele - inclusive eu, né? Mas como eu era muito apaixonadinha por qualquer coisa bonitinha que fizessem, o Wesley Girafa não era minha única atenção. A brincadeiras do "pêra-uva-maçã-salada mista" e "verdade ou mentira" eram clássicas na época e aquela coisa de descobrir o sexo oposto era um tabu. Ainda mais pra mim, uma menina tímida, recatada e medrosa. Mas os desenhos da Disney haviam feito seu trabalho e eu sonhava com o príncipe encantado. Criança acredita em tudo, né? Nessas horas é bom ter crescido - ou nem tanto...
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Gostaram do primeiro post meninas ? Tomara que sim *-*


4 comentários:

  1. adoreii maninhaaa parabenssss uhhuuu,, eu tambem sou timida kkkkkkkkkkkk

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  2. perfeitohhhhhhhhhhhhhhhh manaaaaaaaaaaaaaa

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  3. Mana Essa historia foi inventada + TUDO Q VC COLOCO AI ACONTSEU COMIGO TUDO MESMO desde o uniforme ateh a Disney kkkk TUDO TUDO TUDO MESMO kkkkkkkkkk

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